Uma banda que ficou muito conhecida por causa de uma música.
Uma vez, me falaram que era impossível uma propaganda ficar ruim com "Happy together". Não sei dizer se concordo.
O ponto é que várias marcas utilizaram esse som do The Turtles em seus filmes. Só de cabeça: Ford Focus, Smith Chips, Toyota, Nintendo e Heineken. Caraca!
Formada na década de 60, a banda soa como uma daquelas respostas ao sucesso inicial dos Beatles. Um rock-pop com várias vozes harmonizadas. Originalmente, os caras eram uma banda de surf-music e tentaram fazer a brincadeira clássica de trocar algumas letras do nome: antes de "The Turtles", chamavam-se "The Tyrtles".
Ouvir os Turtles é como fazer uma viagem no tempo. Experimente!
Pelo que ouço por aí, de todos os guitarristas que tocaram com Ozzy, a imensa maioria das pessoas se lembra apenas de Randy Rhoads e Zakk Wylde.
Então, acho que cabe aqui relembrar o criativo Jake E. Lee.
O cara entrou na banda do Ozzy com a pressão de substituir o falecido Randy Rhoads. Ele se virou bem. Aguentou as loucuras do madman e fez parte de dois álbuns de grande sucesso (Bark at the moon e Ultimate sin).
Antes do Ozzy, Jake tocou também com Dio.
Mas hoje, vamos falar de outro momento de Jake E. Lee: a sensacional Badlands, formada logo após o período em que o guitarrista fez parceria com Ozzy.
Com Ray Gillen nos vocais, Greg Chaisson no baixo e Eric Singer na bateria, a banda tocou um hard rock de primeira no início da década de 90. Cru, pesado e energético.
Hora de curtir o som dos caras. Rock n' roll de verdade!
Mais ou menos na mesma época, surgia também outro importante cantor de voz muito grave.
Isaac Hayes foi um excelente compositor da Stax Records. Premiado com um Oscar pelo tema de Shaft, também teve um merecido reconhecimento pela co-autoria de "Soul Man", gravada originalmente por Sam & Dave.
Lembro que tive uma grande surpresa quando começou a passar South Park e vi que Isaac fazia a voz do "grande pegador" Chef.
Deve ter sido bem divertido. No YouTube, encontrei o vídeo do Isaac Hayes e sua banda tocando uma música que tinha sido interpretada pelo Chef no desenho.
Será que podemos dizer que a primeira fruta do funk foi uma cereja?
Não. Não é nenhuma mulher cereja ou algo parecido. Estamos falando do funk de verdade.
Wild Cherry pode ser considerada uma banda de apenas um grande sucesso, o que é uma grande injustiça.
Formada na década de 70, os caras tocavam basicamente rock e funk, claramente inspirados em Sly and the Family Stone, que já apareceram aqui no blog. Veja aqui.
Esse "one hit" do Wild Cherry é a melhor maneira de conhecer a história da banda, já que é justamente disso que a música trata.
Play that funky music!
Vale a pena conhecer os outros trabalhos da banda e conferir a criatividade do guitarrista Rob Parissi.
Uma vez um amigo meu me disse: "o Jeff Beck só não fez tanto sucesso quanto o Eric Clapton porque não canta.".
Faz sentido.
Jeff Beck ficou famoso quando substituiu Clapton no Yardbirds. Mais tarde, lançou seus discos em carreira solo, mas por serem basicamente instrumentais, não fizeram muito sucesso comercial. Uma pena.
Beck é muito criativo e único no universo guitarrístico. A primeira vez que ele me impressionou foi quando simulou uma cítara em sua Fender Stratocaster usando a alavanca da guitarra.
Ok. Isso foi punhetagem de guitarrista, mas de qualquer maneira, a carreira do cara não se resume a isso e vale muito a pena conhecer.
O artista de hoje no Revival pouco tem a ver com "Obladi Oblada". Só o nome mesmo.
Paul Desmond é meu saxofonista favorito por um simples motivo: o silêncio.
Acho que já falei aqui que os músicos que mais admiro são aqueles que valorizam a melodia e que não fazem da música um esporte.
Na biografia de Chet Baker, "No fundo de um sonho" (recomendo!), eles falam que Chet gostava do silêncio quando fazia seus solos.
Em instrumentos de sopro, cada linha melódica é como uma frase falada. Precisa de tempos para respirar. Algo que muitos guitarristas deveriam aprender.
Assim como Chet, Paul Desmond tocava com esse referencial.
Abaixo, um de seus temas mais famosos: Take Five. Som que ele toca com o também brilhante Dave Brubeck.
Um trecho do álbum Duets. Um lindo duo de piano e saxofone.
Steven Tyler é um filho da puta que, com mais de 60 anos de idade, consegue atingir as notas mais altas de "Dream on" como se ainda fosse um rapaz cheio de vigor em 73. Ele fez uma filha com carinho chamada Liv Tyler. E teve muita boa companhia (inclusive da filha) nos clipes de Aerosmith. E este é o nosso tema de hoje: as musas dos clipes da banda. Coloque os fones (e o babador) e vamos lá!
93/94 - Cryamazy Trilogy
Alicia Silverstone, Liv Tyler
94 - Blind Man
Pamela Anderson
97 - Fallin in Love
Angie Everhart
97 - Hole in My Soul
Eva Mendes, Branden Williams, Alexandra Holden
98 - I Don't Wanna Miss a Thing (OU a música do Armageddon)
Conheci o trabalho do Babyface quando vi uma apresentação dele com o Eric Clapton. Os dois compuseram "Change the world", que foi trilha do filme "Fenômeno".
Pesquisando melhor, vi que ele é multi instrumentista, compositor e tem músicas bem interessantes.
Atualmente, soube que faz parte do time do Cee-lo no "The Voice" gringo.
Para hoje, vou dividir com vocês o acústico MTV dele.
Tem interpretações que são simplesmente arrepiantes.
Um bom exemplo é essa versão de "Please, send me someone to love", do Percy Mayfield, cantada por Gladys Knight, Paul Butterfield e o eterno B.B. King.
Nesse show de homenagem a Paul Butterfield, ainda estão Chaka Khan e Etta James, mas hoje, vamos falar de outra excelente cantora: Gladys Knight.
Premiada e cultuada por vários artistas, Gladys tem uma voz grave, encorpada e deliciosa de se ouvir. Ela fez sucesso com a banda The Pips nas décadas de 60 e 70, para depois seguir em carreira solo.
Para encerrar, vamos com "I heard it through the grapevine".
Aqui no Revival, já falamos do Gentle Giant e do progressivo caipira do Kansas.
Chegou a hora de fazer mais uma grande viagem. O Focus foi formado em 1969 na Holanda. É uma banda de rock progressivo das mais viajantes.
Com influências da música erudita, diversos improvisos e uma sonoridade bem peculiar, a formação original da banda contava com o organista e flautista Thijs van Leer, baixista Martin Dresden e baterista Hans Cleuver.
O primeiro som que ouvi dos caras foi "Hocus Pocus", quando a Kiss FM estava começando suas atividades. Foi no primeiro top 500 da rádio.
Um movimento que tenho reparado no Blues mais moderno é uma incorporação do groove.
Não posso afirmar com propriedade quando isso começou, mas dá para dizer que um dos primeiros artistas que incorporou o Soul no Blues foi Wilson Pickett.
Com uma bela voz e uma banda competente, Pickett compôs diversos sucessos, que você provavelmente conheceu na voz de outros artistas.
Vamos com alguns hits aqui:
Há alguns anos, para mim, este som era do Blues Brothers:
O primeiro sucesso dele.
As próximas duas ficaram mais conhecidas por conta de um ótimo filme. Você se lembra qual?
Tanto quanto a Bebel Gilberto, a banda de hoje é uma injustiçada.
Com um som fantástico mas pouco reconhecimento no Brasil, a Black Rio era bem mais famosa nos anos 70, quando tocaram com Caetano Veloso e tiveram apadrinhamento de Tim Maia.
Felizmente, apesar do sucesso muito maior lá fora, os caras fazem alguns shows por aqui. Um som que mistura bem Funk, Soul, Samba e Jazz.
Para começar, vamos com um som mais comercial dos caras: Carrossel.
Para encerrar, um de meus álbuns favoritos: o instrumental Maria Fumaça, de 1977. Praticamente um "Samba progressivo".
Sem papos intelectualóides idiotas, mas é fato que a música pop está involuindo com o tempo.
"Divas" modernas como Mariah Carey ou Whitney Houston, por exemplo. Por mais baladas enjoativas que cantassem, os sons eram muito mais legais do que os últimos lançamentos sem identidade delas. A fórmula atual é a de ter algum lirismo vocal, colocar uma batida eletrônica e um rapper metido a malandro e ostentador no meio da música.
O lettering da MTV ou VH1 diria o nome da cantora e "feat. Fulano".
Houston ainda tentou uma abordagem mais dance music, estilo Cher. Músicas que certamente tocariam nas baladinhas da moda que eu frequentava quando tinha 18 anos.
Outro exemplo patético foi o da Cristina Aguilera, que parece que esqueceu que tem uma voz linda para imitar, primeiro a Britney e depois até a Lady Gaga. Ainda bem que ela conseguiu aquele lugar de jurada no The Voice. Senão ela poderia acabar como a Whitney, só que do tamanho do Jabba.
Minha maior surpresa há alguns anos, foi quando vi a Toni Braxton "ressurgir" das cinzas com coreografias bem parecidas com a Britney. Nem lembro o nome do som. Lembro só do clipe e do meu choque.
Bom. É só a minha opinião.
Só sei que dá muita saudade pensar que o som abaixo era considerado música pop.
Um lindo som de Bruce Hornsby para começar a semana.
Lembram dos posts sobre os "injustiçados"? Existem pessoas que têm tanto brilho, que às vezes, outras que também são extremamente talentosas acabam meio apagadas. Releia a parte 1 e parte 2.
Aretha Franklin é a "Queen of soul" e dispensa apresentações, por isso, poucos conhecem a carreira da irmã dela: Erma Franklin.
Erma chegou a cantar como backing vocal de Aretha em algumas ocasiões. Ela também tem uma bela voz e um trabalho bem interessante.
Para começar aqui, vamos com um som que foi originalmente gravado por Erma Franklin, mas que, com certeza, vocês conhecem na voz de outra marcante cantora:
Essa versão é ótima. Nas palavras de um amigo, "a Janis foi corajosa de regravar.".
Vale a pena conhecer outros trabalhos de Erma Franklin.
Quando comecei a tocar guitarra, eu tive um critério muito técnico para escolher meu instrumento.
Eu jogava Fighters Megamix do Sega Saturn e queria uma guitarra em forma de "V" igual à do Raxel.
Demos uma passada na Teodoro Sampaio e voltei para casa com uma Flying-V da Jackson.
Mais tarde, descobri que o modelo da guitarra era Jackson Randy Rhoads. Pensei: "quem diabos é Randy Rhoads?". Fui pesquisar e achei a história do cara em uma revista Cover Guitarra ou Guitar Player que eu tinha.
Em resumo: Ozzy estava procurando um guitarrista para sua carreira solo e todos os candidatos se pareciam com Tony Iomni. O príncipe das trevas não queria mais soar como o Black Sabbath, por isso, quando Randy surgiu com suas técnicas e estilo vindos do violão erudito, foi amor à primeira ouvida.
Eles gravaram álbuns fantásticos até a morte precoce do guitarrista: Blizzard of Ozz e Diary of a Madman.
Hoje, vamos conhecer o som da banda de Randy antes de acompanhar Ozzy: a Quiet Riot.
Fechando a série de posts sobre festivais, vou falar de um dos mais legais para os rockers: Monsters of Rock.
Nascido na Inglaterra, o festival teve edições na Holanda, Espanha, Itália, Alemanha, Chile, Argentina e, claro, no Brasil.
Os que tiveram a oportunidade de ver as primeiras vezes que a franquia veio para São Paulo, puderam assistir a apresentações inesquecíveis do Kiss e Black Sabbath.
Por exemplo:
Com um som bem melhor, KISS!
Para encerrar e dar um aquecimento para o próximo show do Black Sabbath, vamos ver o Príncipe das Trevas.
No último post, quis relembrar as primeiras edições do Rock in Rio. Imediatamente, veio na cabeça outro grande festival: o Hollywood Rock.
Não sei dizer se o sentimento é geral, mas eu tinha a sensação de que o Hollywood Rock existia para não deixar nós, paulistas, desamparados de um festival legal com grandes bandas.
E veio uma galera muito foda.
Para começar, uma apresentação que foi sensacional: Page e Plant, em 1996.
O show acima foi para o Enzo. Agora, dos meus favoritos. Living Colour, em 1992.
Efetivamente, teve apenas um fato que me deixou puto nesse último Rock in Rio: cortaram a transmissão do show do Living Colour para passar o da Ivete Sangalo.
Triste. Era a única banda que eu estava a fim de ver nesta edição do festival.
Pensando nisso, resolvi relembrar as duas primeiras edições, que tiveram alguns shows antológicos.
A qualidade do áudio não é das melhores, mas esse foi um show que eu queria ter assistido. Eu tinha só 3 anos na época.
AC/DC em 1985.
A segunda edição do festival teve algumas outras polêmicas, como a desistência de algumas bandas nacionais em função dos privilégios que as internacionais teriam. Justo!
Guns em 1991.
Dois shows legais para deixar de trilha sonora nos fones.
Não sei dizer se foi questão de posicionamento ou se foi só uma impressão minha, mas acho que o The Cult é uma banda completamente diferente de tudo que existia nos anos 80.
Ok, há o visual meio exagerado, que é bem característico da época, mas em termos de sonoridade, não consigo me lembrar de outro grupo que tenha um som mais parecido com os caras.
Como guitarrista, a primeira coisa que me chama a atenção são os timbres utilizados pelo guitarrista Billy Duffy. Um overdrive que remete bastante a bandas da década anterior. Outra coisa é a levada de bateria, que assim como o AC/DC e Rolling Stones, me faz bater o pé imediatamente ao ouvir.
O primeiro disco do The Cult foi lançado em 1984 (Dreamtime). Eles tinham abandonado o nome "Death Cult" afirmando que eles são "mais vida do que morte".
Assim como o Stray Cats e o Living Colour que já postei aqui no blog, acho que o Cult foge muito do clichê metal farofa dos anos 80.
A banda de hoje no Revival tem um nome digamos, mal pesquisado. Claro que na época, sem internet e sem Google Translate, a coisa ficava bem mais difícil.
Estou falando da banda Black Merda. Sim, é isso que você leu. A pronúncia correta seria "black murder", mas os caras resolveram inovar na grafia, e ficou assim mesmo.
Formada no meio da década de 60, em Detroit, os caras fazem um rock bem psicodélico e cheio de groove.
Ouvi os caras por acaso no YouTube. Uma recomendação que realmente valeu a pena.
Tem gente que acha eles parecidos com The Allman Brothers Band. Há que os compare aos Stones. Eles já abriram ZZ Top, Aerosmith e The Grateful Dead e tiveram uma turnê junto com ninguém menos que Jimmy Page. Se você não conhece, tá na hora de ser apresentado a uma das melhores bandas que surgiu no fim da década de 80 e início da década de 90: The Black Crowes.
Psicodelia.
Confesso que não conheci/dei importância para a banda por muito tempo. Daí um dia escutei uma gravação da turnê com o Page e fritei. Como assim, o cara vai lá e me canta as músicas do Plant de forma tão pretensiosa e consegue mandar muito? Se liga na interpretação de "What is and What Should Never Be":
Daí beleza, pirei no álbum todo que um amigo meu me arranjou, e um belo dia me deparo com um clipe pra lá de viajado na TV.
A música não saiu da cabeça. E eu fiquei pensando "porra, como os caras são bons". Daí fui buscar, mais e mais e... Virei fã. Eu que raramente curto coisas que bombaram na década de 90 tive que me curvar a eles.
Pra terminar, deixo com vocês uma coletânea. Keep on rocking, kids \m/
Vários artistas do Revival surgiram de repente na minha vida.
Um interesse, uma pesquisa, um artigo, pura curiosidade ou às vezes até um acaso.
Foi o caso do Curtis Mayfield. Um excelente guitarrista ,principalmente, e compositor de soul music. Digo "principalmente" porque o cara era multi-instrumentista.
Os tempos na banda "The Impressions" são interessantes, mas vou falar aqui da carreira solo dele e de um álbum marcante: Superfly.
Um disco premiado que foi composto como trilha sonora do filme homônimo.
Esse álbum embalou minha tarde por aqui no trabalho.
No fim dos anos 70 e início dos 80, surgia o que podemos chamar de superbanda brasileira.
A banda é composta por Dadi, Mu, Gustavo Schoreter e Armandinho. Todos excelentes músicos que faziam participações em grandes bandas. Faziam parte das bandas de Jorge Ben Jor e Moraes Moreira, por exemplo.
O som da banda é uma viagem. Uma grande mistura de rock, música clássica, frevo, baião, chorinho e letras bem, digamos, "caetaneadas".
Caetano Veloso participou da composição de umas músicas da banda. Confesso que tenho um pouco de dificuldade para entender algumas letras.
Apesar dessas loucuras "tropicalistas", o trabalho instrumental da banda é sensacional. São instrumentistas brasileiros da mais alta qualidade.
De guitarrista para guitarristas, preste atenção nas linhas, arranjos e contrapontos do Armandinho.
Uma coletânea para entrar em contato com o trabalho da Cor do Som.
Meu professor de violão dizia que a Elis Regina era a "Ella Fitzgerald" brasileira. Elis realmente é a cantora brasileira mais lembrada. Mas na década de 60, o Brasil tinha uma outra grande cantora que surgiu nos festivais da época.
Logo após fazer o post do Baden Powell, lembrei da Clara Nunes, que também fez um belo trabalho com sambas voltados para as raízes africanas.
A cantora viajou à África para fazer sua pesquisa, fez apresentações por lá e conheceu as danças típicas. Depois, converteu-se à umbanda e surpreendeu a todos por aqui.
Sua voz era poderosa e suas bandas muito competentes. O samba de Clara Nunes é pesado. Dá para sentir no peito o poder da percussão de suas gravações.
Desde que vi meu primeiro show em DVD do Deep Purple, sabia que Ritchie Blackmore era um cara meio esquisito. No mínimo, chato. Porém, é indiscutível a musicalidade dele.
O concerto em questão, era o "Come hell or high water", uma reunião da formação original da banda. Já na primeira música, Highway Star, dá para ver que tem alguma coisa errada.
A banda inteira estava no palco, menos Blackmore, que apareceu apenas na hora do solo. Depois, eles revelam no DVD que o guitarrista estava puto com um dos câmeras, por isso, não queria subir ao palco. Bom, isso logo dá para perceber quando Blackmore interrompe o solo da música para jogar um copo d' água no cameraman.
Mala, não?
Ok. Brigas, separações, projetos paralelos.
Voltando à musicalidade excepcional do Ricthie Blackmore, vou postar aqui o Blackmore's Night. Uma banda bem peculiar que o guitarrista formou com sua esposa Candice Night. Eles fazem canções renascentistas.
Isso mesmo. No meio das linhas de Fender Strato, há alaúdes, violões e etc.
Não há muito para explicar.
Deixe o próximo show embalar seu dia e curta a bela voz de Candice Night.
Apesar de não ser um nome muito conhecido na MPB ou Bossa Nova, ele foi revolucionário, e no meio musical, um dos instrumentistas mais respeitados. Fez muito sucesso no exterior, o que causa um pouco de indignação em relação ao valor que damos aos grandes músicos brasileiros aqui no país.
Até hoje, ele segue como uma grande influência para violonistas como Toquinho e Yamandu Costa, por exemplo.
Em parceria com Vinicius de Morais, Baden compôs um dos discos mais impressionantes da música brasileira: Os Afro-Sambas.
Lançado em 1966 após muita pesquisa sobre os orixás e visitas a terreiros de umbanda, o disco foi praticamente "excomungado" da carreira de Baden depois do cara se converter à Igreja Evangélica. Um pecado.
As percussões com levada tipicamente africana criam um clima tribal no ar. As linhas de violão são impecáveis: lição de casa para qualquer aspirante a violonista.
Baden regravou o disco em 1990, mas vou postar aqui o original de 1966.
Baden Powell gravou uma caralhada de discos enquanto estava na Europa, mas hoje, darei destaque só para o Afro-Sambas mesmo. Mais para frente, postarei outros discos dele.
A banda de hoje não é exatamente um grande clássico.
Resolvi fazer um post porque ela marcou época de uma maneira bastante peculiar.
Lá para 95, quando dei um primeiro upgrade no computador, meu pai tinha acabado de comprar um kit multimídia. No meio dos CD's de instalação e manuais de instrução, tinha um disco da Lucas Arts.
Vi que era um game e instalei: Full Throttle.
Comecei a jogar e prestei atenção em todas as histórias. Trocava ideias e dicas com meus amigos que também tinham o jogo. Aprendi inglês com as legendas dos diálogos.
Mas Full Throttle foi marcante por um motivo ainda maior: fez eu gostar de Rock n' Roll.
A banda que fez a trilha do game era o Gone Jackals e o nome do álbum é Bone to Pick. Eles faziam um rock bem estradeiro, com riffs, vocais e linhas de baixo e bateria interessantes.
O curioso desse caso é que eles não conseguiram fazer sucesso depois. Chegaram a lançar outros discos, mas a banda praticamente desapareceu. Pelo menos aqui no Brasil.
Vamos curtir Bone to Pick, que foi a trilha do game.
É muito fácil falar do Gov't Mule. Para mim, é a melhor banda que surgiu nos últimos 20 anos. Eles também têm o músico que mais invejo no mundo: Warren Haynes.
A banda foi formada nos anos 90. Originalmente com Warren Haynes nas guitarras e vocais, Allen Woody no baixo e Matt Abts na bateria.
Haynes e o falecido Woody faziam parte do Allman Brothers Band na época e resolveram montar um projeto experimental: um power trio com som bem mais cru que o da big band Allman Brothers. Chamaram o incrível Matt Abts, que tocava com Dickey Betts e em um tributo ao Pink Floyd.
Influenciados pelo Cream, as improvisações da banda dão medo. Sim, medo é a palavra. Os primeiros discos dos caras foram gravados como uma inspiradíssima jam. Três caras curtindo, compondo e pirando. Tudo muito espontâneo.
Ouvir esses álbuns só serviu para aumentar minha boa inveja e admiração por Warren Haynes. Podem me chamar de paga-pau, mas são os melhores timbres de Gibson Les Paul que já ouvi na vida. Fora que o cara tem uma voz poderosa que se encaixa perfeitamente no som da banda, um blues-rock pesadíssimo.
Primeiro coice da mula.
Bad man walking.
Para encerrar, um trecho do DVD "The Deepest end", um show tributo a Allen Woody que contou com a participação de diversos baixistas. Nomes como Roger Glover e Victor Wooten. Os baixista pira!
Do gospel para o soul. Esse era um caminho musical bem comum para vários artistas.
Não foi diferente para Sam Moore e Dave Prater, em 1961.
A primeira vez que ouvi um som dos caras foi quando tive uma coletânea de sons da década de 60. Mais tarde, vi uma versão ótima dos Blues Brothers para Soul Man.
Converter o "fervor religioso" em feeling e aproveitar toda a técnica vocal dos corais das igrejas norte-americanas em músicas cheias de groove e energia foi uma boa ideia.
Curta o trabalho de Sam e Dave.
Playlist:
Soul Man:
Dave morreu em um acidente de carro. Sam Moore continua na ativa!
Caos sempre combina com banda de rock. Mas a história do Def Leppard é tão caótica que podia virar filme. Aliás, acabou virando: Hysteria.
Cara, quando eu falo isso, não é mimimi. A banda é bem legal, das minhas favoritas, apesar de ter toda aquela farofa dos anos 80 e ter rumado pra um caminho mais pop. Eles têm muitos méritos e um som do caralho. E um atrativo foda pra uma banda de rock: um baterista que só tem um braço.
Pra tocar assim tem que ser FODA
Enfim, Def Leppard é uma dessas bandas que você acha que não conhece, acha o nome puta bizarro, mas eu aposto que já ouviu algo deles. Divirtam-se buscando uma delas na coletânea!
Muita gente tem reclamado que a gente só fala de gringo aqui. O Wilsão fez o primeiro post brasuca, e eu resolvi me mexer e fazer um também. Pra ser sincero, eu sou muito crítico do que as pessoas têm chamado de "rock nacional", daí muitas vezes prefiro ficar quieto porque já quase fui linchado diversas vezes por expressar minha opinião. Mas tem um cara que pra mim foi o que melhor conseguiu juntar brasilidade com rock n' roll. É ele: Raul Seixas.
Eita, porra. Bicho doido!
Antigamente, da época em que não dava pra botar 835.471 mp3 num pen drive, ligar o shuffle e fazer aquela farofada musical com a discografia de todas suas bandas favoritas baixadas por torrent, as pessoas levavam CD no carro. E quem não tinha discman (que dirá iPod, né) tinha que escutar o que tava rolando, normalmente o que os pais escutavam.
Daí eu enchia o saco do meu velho, dizendo que ele só ouvia bosta, quando mais tarde acabaria querendo roubar dele aqueles velhos CDs que tocavam no carro... Enfim. Foi daí que meu pai sacou uma coleção "Millenium" do Raul e, pra espanto geral, eu achei do caralho. Ouvimos tanto aquelas letras retardadas no trajeto Pilar do Sul - Piedade, Piedade - Sorocaba e até Piedade - Umuarama, que, um dia, meu velho me deu o CD. Meu primeiro CD de rock, com várias pérolas do Raulzito, que hoje muita gente tenta transformar em chacota ironizando a pedida "Toca Raul".
Mas a verdade é que o baiano foi foda e merece muito respeito! E, por isso, deixo com vocês uma lista que mostra como dá pra misturar ritmos e letras brasucas com o true rock n' roll.
Não me venham com esses papinhos de pacto com o demo, ok? Estamos aqui pra falar de música, não fofocar.
De vez em quando, as ideias para post do Revival vêm do nada.
Hoje, lembrei de uma banda que um amigo é fã, e que eu ainda não tinha conhecido muita coisa. Aí, resolvi procurar algum vídeo deles para deixar de trilha sonora nos fones de ouvido durante o expediente.
Não me arrependi. King Crimson tem um som pesado, viajante e cheio de influências do jazz e música erudita.
Formada pelo guitarrista Robert Fripp e baterista Michael Giles em 1969, a banda é mais um exemplo da técnica sendo utilizada em prol da música, e não o contrário. Em sua obra, eles conseguiram criar climas e atmosferas em sons que fazem você viajar.
Tempos malucos, mensagens fortes, melodias tensas e harmonias elaboradas. Tudo está presente.
Após fazer uma pesquisa, fiquei na dúvida se eu escreveria sobre o Ted Nugent aqui.
As lendas dizem que o cara é um redneck doidão, conservador e até mesmo racista e preconceituoso. Daqueles norte-americanos bem irritantes que são contra a imigração ilegal no país, mas esquecem que todos eles não são americanos nativos.
Mas esse não é o assunto aqui.
Vamos ouvir os riffs e o hard rock de qualidade que Ted Nugent toca com sua guitarra semi acústica e overdrive bem característico.
Ao longo de sua carreira, o cara foi bastante influenciado pela MPB, chegando a gravar com vários artistas brasileiros, como Titãs e Gilberto Gil.
Nascido na Jamaica e seguidor da religião islâmica, Jimmy sofreu bastante preconceito com os radicais da religião rastafári. Por isso, acabou saindo do país e fazendo bastante sucesso na América do Sul e na Europa. Esse fato com certeza serviu para popularizar o reggae pelo mundo.
Suas canções têm muitas mensagens fortes, como o primeiro vídeo que vou postar aqui: Harder they come.
Para encerrar, acesse o link abaixo e curta um show completo do cara.
Escrever aqui no Revival não é só compartilhar os artistas que marcaram o mundo da música e nossas vidas. O processo de publicar aqui acabou fazendo com que a gente pesquisasse músicos e bandas que fizeram sucesso há algum tempo, mas que, mesmo sumidos, têm uma qualidade infinitamente superior a alguns de seus contemporâneos.
A grande redescoberta da semana foi o Lester Chambers.
Sucesso na década de 60 com os Chamber Brothers, mesmo hoje, aos 73 anos, o cara tem uma voz poderosa e cheia de vitalidade.
Mais um artista que sofreu com o poder e sacanagens das gravadoras: ele não recebeu nenhum de seus royalties de 1967 até 1994.
Hora de curtir o som suingado e cheio de groove do cara.
"Listen to Tommy with a candle burning and you'll see your entire future"
- Quote from "Almost Famous"
Graças a Dio, o rock trouxe tantos álbuns bons que fica difícil escolher qual homenagear. Mas os mais clássicos talvez sejam mais conhecidos, então, numa proposta bem Revival, escolhi "Tommy". Tire um tempo para escutá-lo, acenda uma vela e lembre-se:
Por que "Tommy" é foda:
+ Um grande exemplo de álbum com continuidade
+ Conta uma história
+ É o melhor álbum do "The Who", o que não é pouca bosta
O dia foi duro. Em uma fase estranha da vida, na qual o simples fato de ir direto para casa era uma derrota, havia um momento próprio de criação que se repetia naquele dia: uma dose de scotch, uma música e uma página em branco. Éramos rockstars e não sabíamos.
Quantas e quantas vezes eu não parei pra compor com trilha sonora e uma dose de uísque. Não sei se a poética desse clichê que me pegou, ou se tenho alma de roqueiro velho e não sabia. Só sei que, mesmo com a dura polêmica de escolher um álbum do Led Zeppelin pra falar sobre, escolhi o segundo. Porque meu favorito é o quarto álbum, uma obra-prima da humanidade, mas o segundo foi o que mais me inspirou.
Capa pra você não errar na hora de comprar na loja.
Por que o Led Zeppelin "II" é foda:
+ Saiu em 1969, que foi um puta ano pra música
+ Mistura rock, blues e folk
+ É considerado um dos álbuns mais influentes da história
+ Foi gravado em estúdios obscuros e precários
+ Tem solo de bateria do John Fucking Henry Bonham
Depois de uma década de álbuns usando sintetizadores, em 1996, o ZZ Top lançou um disco que é uma paulada.
Rhytmeen trouxe de volta o som do ZZ Top que todos querem ouvir: sujo, bluesy, cru, pesado e que faz você se imaginar correndo com uma Harley por alguma longa estrada. De preferência, no meio de um deserto.
Os timbres de guitarra estão maravilhosos. Um drive fantástico para ouvir os riffs e solos de Gibbons. O baixo de Dusty Hill está bem pesado. Preenche tão bem o som que nem parece que a banda é um simples power trio.
Uma das faixas do álbum, "She's just killing me", foi trilha sonora de "Um drink no inferno".
Mais um disco para curtir acompanhado de muitas cervejas.
Muddy Waters tem uma música chamada "The Blues had a baby, and they named Rock n' Roll". É uma grande verdade.
Sou suspeito para falar, mas meus álbuns favoritos de rock são aqueles que flertam com o Blues. Discos que têm estilo próprio, mas claramente mostram suas origens.
O segundo álbum da semana é Restless Heart, do Whitesnake, lançado em 1997.
O disco claramente mostra que o Coverdale queria se livrar do esteriótipo Metal Farofa dos anos 80 para fazer um som mais cru e bluesy dos anos 70.
As inúmeras letras com a palavra "love" continuam, mas as linhas de guitarra, timbres, harmonias e melodias cumprem bem a proposta. Adrian Vanderberg, o "holandês voador", fez solos mais simples, de muito bom gosto. Sem aquela punhetagem guitarrística do hair metal.
Não preciso falar nada da voz do Coverdale: impecável. Fúria e suavidade na medida certa.