quarta-feira, 29 de maio de 2013

Clima verde

Dias atrás, ajudei um amigo a fazer uma lista de músicas que criariam um clima propício para o jantar romântico que ele preparava.

A lista foi finalizada e deu tudo certo. Porém, ontem, percebi que esquecemos de um nome importantíssimo: Al Green.

Albert Green começou sua carreira na década de 50, mas seu maior sucesso veio no começo dos anos 70.

Let's stay together. Uma música que tem tudo: harmonia, melodia e letra. Todas lindas.

Agora imagine o cenário a seguir:

1 - Você está no show de uma banda que toca soul. Sua (seu) prospect/crush/pretendende/alvo está junto e há chances de êxito.

2 - A banda começa a tocar "Let's stay together".

3 - Vocês começam a dançar juntos.

4 - ACHIEVEMENT UNLOCKED!

Outra chance como essa, você só encontra se a banda tocar "Let's get it on" do Marvin Gaye. Tenho uma amiga que pode comprovar a efetividade do clima que essa música pode criar.

Vamos aos sons. Let's stay together:


Um show completo:

segunda-feira, 27 de maio de 2013

More than more than words


Confesso que, quando comecei a selecionar os artistas que seriam postados aqui, tive uma pequena resistência para escrever sobre bandas que fizeram sucesso nos anos 90. Até que me dei conta que já faz 20 anos que elas estouraram. O interessante é que ainda não consigo chamá-las de "clássicas".

Vou refletir sobre o assunto.

Enquanto isso, resolvi falar um pouco do Extreme. Nesse caso, apesar do sucesso em 1990 com "More than words", o primeiro álbum da banda é de 1989 e eles se juntaram em 1986.

Eu tinha uns oito anos quando o maior hit foi lançado. Lembro que eu nem sabia o que era um amplificador de guitarra e quando assistia o clipe, achava que aquilo no início era um fogão. Sim, isso mesmo. E os knobs de volume seriam os botões do fogão.



O Extreme carregava vários resíduos dos anos 80. O guitarrista Nuno Bettencourt é um virtuose de técnica impecável. Não sei como está hoje, mas o cara tinha uma cabeleira que fazia inveja nas mulheres. Seria ele um legítimo herdeiro do hair-metal?

Minha mãe vivia falando que achava impressionante o cabelo do Gary Cherone. O cara também é um bom vocalista. Ele foi até chamado para cantar no Van Halen em 1998. O álbum Van Halen III não teve boas vendas, mas lançou um single bem legal: Without you.

Hora de conhecer outros sucessos do Extreme.

Hole Hearted. Bem legal! Detalhe para um dos comentários do vídeo. Algo como: "Shorts de patins e botas de exército. Total anos 90."


Totalmente posers em Get the funk out.


Um show completo, de 2009.


Para encerrar, o clipe de Gary Cherone com o Van Halen no hotel de gelo. Bem foda!

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Três reis eternos

Alguns ensaios atrás, lá estava eu, todo feliz e pimpão, improvisando meus solos de guitarra Blues com pentatônicas, pentatônicas m6, arpejos. Curtindo o som.

Até que chegou o momento de tocar uma música do primeiro rei deste post. O lendário B.B. King. Exceto por uma frase ou outra que já tinha memorizado e/ou executado por instinto, é quase impossível manter um improviso com a beleza e perfeição de Riley Ben King.

Percebo que guitarristas fritadores punheteiros, embora eles não admitam, subestimam B.B. King. Dizem que respeitam porque leram em alguma Guitar Player ou Cover Guitarra que o cara é bom, mas, no fundo, não entendem o motivo. Eles estão em seus quartos, com os metrônomos no turbo, fazendo exercícios de semifusas e os últimos sweep pickings de Malmsteen. Tudo para compor músicas que são apenas variações dos mesmos exercícios. Ou então, irem na apresentação do G3, com a plateia composta apenas de outros alunos punheteiros de guitarra.

Se você se enquadra na situação acima e quer um desafio, tenho uma dica: estude B.B. King. É uma das coisas mais difíceis de se tocar.

Curtam um show do rei de 1983.


Daí, lembrei que B.B é o último rei do blues vivo. Vale a pena fazer um post de homenagem aos outros dois: Freddie e Albert.

Freddie King, "the Texas Cannonball" é autor de diversos clássicos do Blues. Assim como Otis Redding, várias de suas interpretações foram regravadas por artistas mais contemporâneos, como Eric Clapton, Johnny Winter e até mesmo uma versão no primeiro G3 de "Going Down", com Satriani, Vai e Eric Johnson.


E going down no G3.


Não só por seus 1,93 m de altura e 118 kg, Albert King é um gigante. Com sua Gibson Flying V, uma voz marcante e encorpada e sucessos como "Born under a bad sign", o cara foi influência de meio mundo, mas uma pessoa em especial merece destaque aqui: Stevie Ray Vaughan.

Confira mestre e discípulo (que também é um mestre) na jam abaixo:


Vi B.B. King em sua última passagem pelo Brasil, em 2012. Saber que ele já está com 87 anos gera um sentimento de admiração e, ao mesmo tempo, um aperto no peito. Nossos reis deveriam ser eternos.

Para encerrar, outra jam. Dê uma olhada neste time.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Telecasters all over the world

Uma vez, vi um post no 9gag falando sobre como as pessoas só lembram das guitarras Les Paul e Stratocaster.

Uma grande injustiça com as Telecasters que também têm um puta timbre.

Enfim, uma introdução que serviria para puxar assunto em um elevador qualquer. O ponto é que, ao pensar nas Telecasters, a primeira banda que me vem à cabeça é o Status Quo.

Os caras formaram a banda na década de 60 para fazer um rock n' roll sincero, pesado, eficiente, cru e sem firulas.

Francis Rossi e Rick Parfitt, guitarristas do grupo, só ligaram os pedais de overdrive e mandaram ver.

Vale muito a pena conhecer o trabalho dos caras.

Abaixo, um dos hinos dos caras.


Para encerrar, mais um show completo para deixar rolando durante o expediente.


Rock n' roll all over the world.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Divas...

Aretha, Etta, Natalie, Billie, Bessie, Ella, Sarah... Algumas das divas que são eternas. Cada uma delas mereceria um post de homenagem aqui, mas hoje resolvi falar da Chaka Khan.

Ícone do R&B, funk, soul, hip hop e jazz, a premiada cantora começou sua carreira na década de 70 com a banda de funk The Rufus.

Confesso. A primeira vez que ouvi Chaka Khan foi na Alfa FM. A voz dela impressiona logo de primeira. Um timbre rasgado, forte, encorpado e ao mesmo tempo, suave e aveludado.

No fim, é quase como descrever um bom vinho. Alguns estudam, outros ficam chatos por terem estudado e alguns simplesmente curtem. Sem endeusar, cultuar ou convencer os outros do que é melhor.

Hora de ouvir.

Alfa FM!


Uma versão arrepiante.


Com Rufus.


Um show com um PUTA time de músicos.


Referência nerd que não poderia passar: seria ela a cantora mais próxima do poder de deus? :-P

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Topetes de rua

Eis que, no meio dos anos 80, com o Glam Rock, Metal Farofa, canções de amor, caras de mau, cabelos de Chitãozinho, guitarristas virtuosos, laquê e maquiagem, uma banda resolve reviver o rockabilly dos anos 50.

Brian Setzer, Lee Rocker e Slim Jim Phantom formaram o Stray Cats e logo se diferenciaram no cenário da época.

Com sua semi-acústica, Setzer compôs ótimas linhas de guitarra e solos marcantes. Lee Rocker faz seus malabarismos insanos com o contrabaixo acústico. Já Slim Jim Phantom chama logo a atenção no palco por tocar bateria de pé.

Uma banda que anima qualquer festa.

Abaixo, o primeiro som que ouvi dos caras. A clássica Stray Cat Strut.


E agora, um show completo de 1990:


Ah! Vale a pena conferir também o outro trabalho do Brian Setzer com a Brian Setzer Orchestra.

domingo, 12 de maio de 2013

The fighter still remains

Ultimamente, tenho ouvido falar muito de Mumford & Sons. Escutando o som deles, não pude deixar de lembrar de Simon & Garfunkel, a ponto de apostar que eles são influência pro som dos caras. E em tempos de Google, ficar a dúvida é bobagem.

Simon & Garfunkel


Mumford & Sons


Eu ganharia a aposta. Rá!

Bom, esse sonzinho da década de 60 chuta bundas até hoje e não é por acaso. Os putos fizeram parte da trilha de "A Primeira Noite de um Homem", puta clássico do cinema e tals, e são autores de vários clássicos da música. O mais engraçado é que Paul Simon e Art Garfunkel tem esse som todo acústico e meio folk, mas cresceram no bairro do Queens, em NYC.


Visual hipster antes de ser hipster 
virar mainstream. Oh, wait!

Infelizmente, esses dois tretaram bagarai várias vezes e acabaram nem curtindo mais ser uma dupla de dois, daí rolou que eles se separaram e vez em quando fazem um sonzinho juntos. O bom é que, antes disso, deixaram muita coisa batuta.

Pra você que não viu o filme, se não conhecer a música precisa sair mais de casa, sei lá:



Central Park é foda. Simon & Garfunkel é foda. Pensa no show:


Espero que tenham curtido, é um puta som pra quem curte violão e comprovadamente uma grande influência até os dias atuais. Aproveitem e vejam o filme também, vale a pena. Volto a postar assim que conseguir, kids. Aquele abraço!


quarta-feira, 8 de maio de 2013

Rainha Mousette

Cada vez que assistia os Blues Brothers, tanto o primeiro quanto o segundo, eu reconhecia um músico legal diferente.

Desses filmes, uma boa redescoberta para hoje foi a Erykah Badu.

Ela andava tão esquecida por esses anos, que eu achei que ela tinha morrido. Juro!

Dotada de uma bela voz e com um visual marcante, Badu fez sucesso na década de 90. Hoje, ela anda sumida porque está se dedicando à família e aos filhos.

Resolveu sossegar.

Encontrei no YouTube este show acústico, da época que a MTV era realmente sobre música, e não uma "Malhação TV".



Bem legal!

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Groove em família


Minha paixão pelo som do Sly and the Family Stone só foi crescendo com o tempo.

A banda é mais um exemplo do "peso fora do rock". A psicodelia também está presente em músicas cheias de atitude e mensagens fortes.

O que destacar? Vocais e composições lindas de Sly; grooves dançantes de baixo, guitarra e bateria e diversos arranjos vocais. Tudo em perfeita harmonia.

Formada em 1967, sabe-se que a banda foi influência para uma porrada de artistas que seguiram essa mistura de funk, soul, rock e psicodelia.

Vale muito a pena conhecer toda a discografia da banda.

Sly and the Family Stone é outra banda que achei no meio dos discos da minha mãe. A primeira deles que ouvi foi "Everyday People". Logo de cara, uma letra linda.

Só um trechinho:

I am no better and neither are you
We're all the same whatever we do
You love me you hate me
You know me and then
Still can't figure out the bag I'm in
I am everyday people

Em franqueza resumida: todo mundo caga, mija, peida, trepa e vira adubo quando morre. O tempo passa e uma mensagem de 1968 ainda precisa ser dita.

Para todos os everyday people:


E agora, um puta riff de guitarra funk em "Sing a simple song":


Thank you!


Para encerrar, um show. Pena que não encontrei um registro com qualidade melhor. Mas dá para curtir! O som está bom.

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Doctor is in


Quando comecei a pesquisar a história, músicas e artistas de blues, minha primeira direção foi a de procurar tributos, coletâneas e os artistas clássicos.

Depois, fui ramificando e segui meus caminhos, mas essa trajetória não vem ao caso aqui.

O ponto interessante é que, em todos as reuniões, shows, tributos, filmes e etc, tinha um cara discreto ali nas teclas.

Usando um terno, chapéu e com uma voz rouca e marcante, Dr. John é presença garantida no time dos grandes blueseiros ainda vivos.

Ele estava na homenagem ao Stevie Ray Vaughan, no Crossroads, no Blues Brothers, no Lightning in a Bottle (traduzido como "A história do Blues"), em um soundstage com Muddy Waters, Johnny Winter, no álbum do B.B. King dedicado ao Louis Jordan e por aí vai...

Extremamente talentoso nessas apresentações, valeu a pena conferir as composições do cara: muito Blues, Jazz, Soul, Boogie Woogie e Rock n' Roll.



Cold shot, com Jimmy Vaughan no tributo ao Stevie Ray Vaughan.


A primeira parte de uma jam com o Johnny Winter:


Abaixo, o link para as outras partes:

Parte 2/7

Parte 3/7

Parte 4/7

Parte 5/7

Parte 6/7

Parte 7/7

Por fim, o canal oficial de YouTube.