sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Azuis

Acho que todos aqui perceberam que eu sou fã de blues. Mesmo assim, ainda faltam muitos e muitos discos para que eu possa ser minimamente especialista.

Bom. Utilizando adequadamente uma referência nerd, eu almejo ser um mestre pokemon do blues: um dia ouvirei todos os discos.

A segunda, e última, referência que vou usar aqui é que tenho uma side-quest nessa missão principal.

Como compositor e curioso, busco aqui no Brasil o que poderia ser o blues nacional. Embora eu goste muito de André Cristovam e Blues Etílicos, por exemplo, ainda acho que eles tocam um blues gringo traduzido. Não existe uma brasilidade envolvida.

Aqui no Revival, eu já tratei do assunto no post do Luiz Melodia.

Tenho em mente que, o Blues original era inicialmente uma forma de oração. Uma válvula de escape para todos os problemas que os negros viviam na época.

Mais para frente, um oásis de alegria nos momentos em que se sentiam "blue". Era o momento de festejar, afogar as mágoas e esquecer os problemas.

Obviamente, temos o equivalente a isso aqui no Brasil: o Samba.

O Blues acabou sendo o pai de muitos outros estilos. Quem são os filhos do samba na MPB?


Isso pode ser um outro assunto. Abaixo, vou citar os sons que considero "blues nacionais". As orações, as válvulas de escape e a simplicidade do sentimento que se traduz em música.

1 - A primeira que pensei tinha que ser do Luiz Melodia. Juventude Transviada.

2 - Cartola também é um bom representante do que eu vejo como blues nacional. Alvorada. 

3 - Um pouco da fossa de Lupicínio Rodrigues. Esses Moços.

4 - Um pouco da tristeza cantada com alegria e nostalgia. "Quantas lágrimas" da Velha Guarda da Portela.

5 - Uma sonoridade bluesy mais moderna. Pedra.

6 - Um som mais bêbado. Amor meu grande amor.

7 - Quase perda total. Aquela mágoa bêbada. Sofre!

Por enquanto é só. Se alguém lembrar de mais desses Blues MPB, mande nos comentários. Vou pensar por aqui também. É minha eterna side quest.