Quando comecei a tocar guitarra, eu tive um critério muito técnico para escolher meu instrumento.
Eu jogava Fighters Megamix do Sega Saturn e queria uma guitarra em forma de "V" igual à do Raxel.
Demos uma passada na Teodoro Sampaio e voltei para casa com uma Flying-V da Jackson.
Mais tarde, descobri que o modelo da guitarra era Jackson Randy Rhoads. Pensei: "quem diabos é Randy Rhoads?". Fui pesquisar e achei a história do cara em uma revista Cover Guitarra ou Guitar Player que eu tinha.
Em resumo: Ozzy estava procurando um guitarrista para sua carreira solo e todos os candidatos se pareciam com Tony Iomni. O príncipe das trevas não queria mais soar como o Black Sabbath, por isso, quando Randy surgiu com suas técnicas e estilo vindos do violão erudito, foi amor à primeira ouvida.
Eles gravaram álbuns fantásticos até a morte precoce do guitarrista: Blizzard of Ozz e Diary of a Madman.
Hoje, vamos conhecer o som da banda de Randy antes de acompanhar Ozzy: a Quiet Riot.
Fechando a série de posts sobre festivais, vou falar de um dos mais legais para os rockers: Monsters of Rock.
Nascido na Inglaterra, o festival teve edições na Holanda, Espanha, Itália, Alemanha, Chile, Argentina e, claro, no Brasil.
Os que tiveram a oportunidade de ver as primeiras vezes que a franquia veio para São Paulo, puderam assistir a apresentações inesquecíveis do Kiss e Black Sabbath.
Por exemplo:
Com um som bem melhor, KISS!
Para encerrar e dar um aquecimento para o próximo show do Black Sabbath, vamos ver o Príncipe das Trevas.
No último post, quis relembrar as primeiras edições do Rock in Rio. Imediatamente, veio na cabeça outro grande festival: o Hollywood Rock.
Não sei dizer se o sentimento é geral, mas eu tinha a sensação de que o Hollywood Rock existia para não deixar nós, paulistas, desamparados de um festival legal com grandes bandas.
E veio uma galera muito foda.
Para começar, uma apresentação que foi sensacional: Page e Plant, em 1996.
O show acima foi para o Enzo. Agora, dos meus favoritos. Living Colour, em 1992.
Efetivamente, teve apenas um fato que me deixou puto nesse último Rock in Rio: cortaram a transmissão do show do Living Colour para passar o da Ivete Sangalo.
Triste. Era a única banda que eu estava a fim de ver nesta edição do festival.
Pensando nisso, resolvi relembrar as duas primeiras edições, que tiveram alguns shows antológicos.
A qualidade do áudio não é das melhores, mas esse foi um show que eu queria ter assistido. Eu tinha só 3 anos na época.
AC/DC em 1985.
A segunda edição do festival teve algumas outras polêmicas, como a desistência de algumas bandas nacionais em função dos privilégios que as internacionais teriam. Justo!
Guns em 1991.
Dois shows legais para deixar de trilha sonora nos fones.
Não sei dizer se foi questão de posicionamento ou se foi só uma impressão minha, mas acho que o The Cult é uma banda completamente diferente de tudo que existia nos anos 80.
Ok, há o visual meio exagerado, que é bem característico da época, mas em termos de sonoridade, não consigo me lembrar de outro grupo que tenha um som mais parecido com os caras.
Como guitarrista, a primeira coisa que me chama a atenção são os timbres utilizados pelo guitarrista Billy Duffy. Um overdrive que remete bastante a bandas da década anterior. Outra coisa é a levada de bateria, que assim como o AC/DC e Rolling Stones, me faz bater o pé imediatamente ao ouvir.
O primeiro disco do The Cult foi lançado em 1984 (Dreamtime). Eles tinham abandonado o nome "Death Cult" afirmando que eles são "mais vida do que morte".
Assim como o Stray Cats e o Living Colour que já postei aqui no blog, acho que o Cult foge muito do clichê metal farofa dos anos 80.
A banda de hoje no Revival tem um nome digamos, mal pesquisado. Claro que na época, sem internet e sem Google Translate, a coisa ficava bem mais difícil.
Estou falando da banda Black Merda. Sim, é isso que você leu. A pronúncia correta seria "black murder", mas os caras resolveram inovar na grafia, e ficou assim mesmo.
Formada no meio da década de 60, em Detroit, os caras fazem um rock bem psicodélico e cheio de groove.
Ouvi os caras por acaso no YouTube. Uma recomendação que realmente valeu a pena.
Tem gente que acha eles parecidos com The Allman Brothers Band. Há que os compare aos Stones. Eles já abriram ZZ Top, Aerosmith e The Grateful Dead e tiveram uma turnê junto com ninguém menos que Jimmy Page. Se você não conhece, tá na hora de ser apresentado a uma das melhores bandas que surgiu no fim da década de 80 e início da década de 90: The Black Crowes.
Psicodelia.
Confesso que não conheci/dei importância para a banda por muito tempo. Daí um dia escutei uma gravação da turnê com o Page e fritei. Como assim, o cara vai lá e me canta as músicas do Plant de forma tão pretensiosa e consegue mandar muito? Se liga na interpretação de "What is and What Should Never Be":
Daí beleza, pirei no álbum todo que um amigo meu me arranjou, e um belo dia me deparo com um clipe pra lá de viajado na TV.
A música não saiu da cabeça. E eu fiquei pensando "porra, como os caras são bons". Daí fui buscar, mais e mais e... Virei fã. Eu que raramente curto coisas que bombaram na década de 90 tive que me curvar a eles.
Pra terminar, deixo com vocês uma coletânea. Keep on rocking, kids \m/
Vários artistas do Revival surgiram de repente na minha vida.
Um interesse, uma pesquisa, um artigo, pura curiosidade ou às vezes até um acaso.
Foi o caso do Curtis Mayfield. Um excelente guitarrista ,principalmente, e compositor de soul music. Digo "principalmente" porque o cara era multi-instrumentista.
Os tempos na banda "The Impressions" são interessantes, mas vou falar aqui da carreira solo dele e de um álbum marcante: Superfly.
Um disco premiado que foi composto como trilha sonora do filme homônimo.
Esse álbum embalou minha tarde por aqui no trabalho.