Tínhamos conversado várias vezes, e ele até postou aqui sobre o assunto, que a geração iTunes/MP3 não sabe o prazer que é comprar um álbum na loja com capa, encarte e um grupo de músicas que representa a banda em algum determinado momento. Suas intenções, mensagens, contexto histórico e etc.
Abrir o plástico e ouvir o disco pela primeira vez, enquanto folheia o encarte e acompanha as letras. Não vou entrar no mérito aqui das sacanagens das gravadoras ao longo dos anos, piratarias, compartilhamentos e etc. Só vou falar da sensação inocente de comprar, ouvir e curtir um LP ou CD.
É diferente de um pendrive com MP3 e músicas agrupadas em ordem alfabética, ordem crescente de tamanho ou qualquer outro critério. As faixas tinham uma sequência por um motivo. Simplesmente diferente.
O primeiro disco da semana é o Powerage do AC/DC. Por sinal, meu disco favorito da banda que mais me inspirou como guitarrista até hoje.
Powerage foi gravado em 1978 e é o quinto álbum dos caras. Ainda com Bon Scott nos vocais, o disco tem uma sonoridade bluesy que me conquistou logo na primeira vez que ouvi. Ele mostra um amadurecimento da banda e um retorno às origens blueseiras de Angus e Malcolm Young.
Foi um ano até que movimentado. O Sex Pistols anunciavam o fim da banda; Black Sabath lançava seu oitavo disco, o último com Ozzy; Whitesnake e The Police lançavam seus álbuns de estreia; Rush lançava o Hemisphere e Ramones, o Road to Ruin, com o baterista Marky Ramone.
A primeira faixa que ouvi do Powerage foi Gone Shootin'. Ironicamente, no disco que tinha a trilha sonora do longa do Beavis e Butthead. Mais tarde, comprei o álbum e fiquei impressionado com os riffs, timbres e pegada.
Gone Shootin'.
Álbum completo.
Não me lembro onde li que o AC/DC é o Rolling Stones plugado no 220 v. Faz muito sentido.
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