quarta-feira, 31 de julho de 2013

Hysteria

Caos sempre combina com banda de rock. Mas a história do Def Leppard é tão caótica que podia virar filme. Aliás, acabou virando: Hysteria.



Cara, quando eu falo isso, não é mimimi. A banda é bem legal, das minhas favoritas, apesar de ter toda aquela farofa dos anos 80 e ter rumado pra um caminho mais pop. Eles têm muitos méritos e um som do caralho. E um atrativo foda pra uma banda de rock: um baterista que só tem um braço.



Pra tocar assim tem que ser FODA

Enfim, Def Leppard é uma dessas bandas que você acha que não conhece, acha o nome puta bizarro, mas eu aposto que já ouviu algo deles. Divirtam-se buscando uma delas na coletânea!

Def Leppard by Enzo Sunahara on Grooveshark

Keep on rocking, kids!

\m/

domingo, 28 de julho de 2013

Toca Raul!

Muita gente tem reclamado que a gente só fala de gringo aqui. O Wilsão fez o primeiro post brasuca, e eu resolvi me mexer e fazer um também. Pra ser sincero, eu sou muito crítico do que as pessoas têm chamado de "rock nacional", daí muitas vezes prefiro ficar quieto porque já quase fui linchado diversas vezes por expressar minha opinião. Mas tem um cara que pra mim foi o que melhor conseguiu juntar brasilidade com rock n' roll. É ele: Raul Seixas.


Eita, porra. Bicho doido!

Antigamente, da época em que não dava pra botar 835.471 mp3 num pen drive, ligar o shuffle e fazer aquela farofada musical com a discografia de todas suas bandas favoritas baixadas por torrent, as pessoas levavam CD no carro. E quem não tinha discman (que dirá iPod, né) tinha que escutar o que tava rolando, normalmente o que os pais escutavam.

Daí eu enchia o saco do meu velho, dizendo que ele só ouvia bosta, quando mais tarde acabaria querendo roubar dele aqueles velhos CDs que tocavam no carro... Enfim. Foi daí que meu pai sacou uma coleção "Millenium" do Raul e, pra espanto geral, eu achei do caralho. Ouvimos tanto aquelas letras retardadas no trajeto Pilar do Sul - Piedade, Piedade - Sorocaba e até Piedade - Umuarama, que, um dia, meu velho me deu o CD. Meu primeiro CD de rock, com várias pérolas do Raulzito, que hoje muita gente tenta transformar em chacota ironizando a pedida "Toca Raul".

Mas a verdade é que o baiano foi foda e merece muito respeito! E, por isso, deixo com vocês uma lista que mostra como dá pra misturar ritmos e letras brasucas com o true rock n' roll.

Não me venham com esses papinhos de pacto com o demo, ok? Estamos aqui pra falar de música, não fofocar.





quarta-feira, 24 de julho de 2013

Viagem Real

De vez em quando, as ideias para post do Revival vêm do nada.

Hoje, lembrei de uma banda que um amigo é fã, e que eu ainda não tinha conhecido muita coisa. Aí, resolvi procurar algum vídeo deles para deixar de trilha sonora nos fones de ouvido durante o expediente.

Não me arrependi. King Crimson tem um som pesado, viajante e cheio de influências do jazz e música erudita.

Formada pelo guitarrista Robert Fripp e baterista Michael Giles em 1969, a banda é mais um exemplo da técnica sendo utilizada em prol da música, e não o contrário. Em sua obra, eles conseguiram criar climas e atmosferas em sons que fazem você viajar.

Tempos malucos, mensagens fortes, melodias tensas e harmonias elaboradas. Tudo está presente.


Confira o show que contagiou minha tarde.



Boa viagem!

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Doidão

Após fazer uma pesquisa, fiquei na dúvida se eu escreveria sobre o Ted Nugent aqui.

As lendas dizem que o cara é um redneck doidão, conservador e até mesmo racista e preconceituoso. Daqueles norte-americanos bem irritantes que são contra a imigração ilegal no país, mas esquecem que todos eles não são americanos nativos.

Mas esse não é o assunto aqui.

Vamos ouvir os riffs e o hard rock de qualidade que Ted Nugent toca com sua guitarra semi acústica e overdrive bem característico.

Cat Scratch Fever.


Strangehold.


Um show completo, de 1976.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Harder they fall

Jimmy Cliff tem uma história bem interessante.

Ao longo de sua carreira, o cara foi bastante influenciado pela MPB, chegando a gravar com vários artistas brasileiros, como Titãs e Gilberto Gil.

Nascido na Jamaica e seguidor da religião islâmica, Jimmy sofreu bastante preconceito com os radicais da religião rastafári. Por isso, acabou saindo do país e fazendo bastante sucesso na América do Sul e na Europa. Esse fato com certeza serviu para popularizar o reggae pelo mundo.

Suas canções têm muitas mensagens fortes, como o primeiro vídeo que vou postar aqui: Harder they come.



Para encerrar, acesse o link abaixo e curta um show completo do cara.

Live at Java Jazz Festival 2013.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Chamber of Soul



Escrever aqui no Revival não é só compartilhar os artistas que marcaram o mundo da música e nossas vidas. O processo de publicar aqui acabou fazendo com que a gente pesquisasse músicos e bandas que fizeram sucesso há algum tempo, mas que, mesmo sumidos, têm uma qualidade infinitamente superior a alguns de seus contemporâneos.

A grande redescoberta da semana foi o Lester Chambers.

Sucesso na década de 60 com os Chamber Brothers, mesmo hoje, aos 73 anos, o cara tem uma voz poderosa e cheia de vitalidade.

Mais um artista que sofreu com o poder e sacanagens das gravadoras: ele não recebeu nenhum de seus royalties de 1967 até 1994.

Hora de curtir o som suingado e cheio de groove do cara.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Semana do Rock: Your entire future

"Listen to Tommy with a candle burning and you'll see your entire future"

- Quote from "Almost Famous"

Graças a Dio, o rock trouxe tantos álbuns bons que fica difícil escolher qual homenagear. Mas os mais clássicos talvez sejam mais conhecidos, então, numa proposta bem Revival, escolhi "Tommy". Tire um tempo para escutá-lo, acenda uma vela e lembre-se:


Por que "Tommy" é foda:
+ Um grande exemplo de álbum com continuidade
+ Conta uma história
+ É o melhor álbum do "The Who", o que não é pouca bosta
+ Mostra seu futuro

Quer ver? Então dê o play!


Tommy by Enzo Sunahara on Grooveshark


Leia também:

Semana do Rock.

Semana do Rock 2.

Semana do Rock 3.

Semana do Rock 4.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Semana do Rock: What is and What Should Never Be

O dia foi duro. Em uma fase estranha da vida, na qual o simples fato de ir direto para casa era uma derrota, havia um momento próprio de criação que se repetia naquele dia: uma dose de scotch, uma música e uma página em branco. Éramos rockstars e não sabíamos.

Quantas e quantas vezes eu não parei pra compor com trilha sonora e uma dose de uísque. Não sei se a poética desse clichê que me pegou, ou se tenho alma de roqueiro velho e não sabia. Só sei que, mesmo com a dura polêmica de escolher um álbum do Led Zeppelin pra falar sobre, escolhi o segundo. Porque meu favorito é o quarto álbum, uma obra-prima da humanidade, mas o segundo foi o que mais me inspirou.

Capa pra você não errar na hora de comprar na loja.

Por que o Led Zeppelin "II" é foda:
+ Saiu em 1969, que foi um puta ano pra música
+ Mistura rock, blues e folk
+ É considerado um dos álbuns mais influentes da história
+ Foi gravado em estúdios obscuros e precários
+ Tem solo de bateria do John Fucking Henry Bonham
+ Tem "What is and What Should Never be"

Led Zeppelin II by Enzo Sunahara on Grooveshark

"...and if I say to you tomorrow..."

Divirta-se!

Leia também:

Semana do Rock.

Semana do Rock 2.

Semana do Rock 3.

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Semana do Rock: Tarantinos


Depois de uma década de álbuns usando sintetizadores, em 1996, o ZZ Top lançou um disco que é uma paulada.

Rhytmeen trouxe de volta o som do ZZ Top que todos querem ouvir: sujo, bluesy, cru, pesado e que faz você se imaginar correndo com uma Harley por alguma longa estrada. De preferência, no meio de um deserto.

Os timbres de guitarra estão maravilhosos. Um drive fantástico para ouvir os riffs e solos de Gibbons. O baixo de Dusty Hill está bem pesado. Preenche tão bem o som que nem parece que a banda é um simples power trio.

Uma das faixas do álbum, "She's just killing me", foi trilha sonora de "Um drink no inferno".

Mais um disco para curtir acompanhado de muitas cervejas.


Leia também:

Semana do Rock

Semana do Rock 2

terça-feira, 9 de julho de 2013

Semana do Rock: No more hair metal

Muddy Waters tem uma música chamada "The Blues had a baby, and they named Rock n' Roll". É uma grande verdade.

Sou suspeito para falar, mas meus álbuns favoritos de rock são aqueles que flertam com o Blues. Discos que têm estilo próprio, mas claramente mostram suas origens.

O segundo álbum da semana é Restless Heart, do Whitesnake, lançado em 1997.



O disco claramente mostra que o Coverdale queria se livrar do esteriótipo Metal Farofa dos anos 80 para fazer um som mais cru e bluesy dos anos 70.

As inúmeras letras com a palavra "love" continuam, mas as linhas de guitarra, timbres, harmonias e melodias cumprem bem a proposta. Adrian Vanderberg, o "holandês voador", fez solos mais simples, de muito bom gosto. Sem aquela punhetagem guitarrística do hair metal.

Não preciso falar nada da voz do Coverdale: impecável. Fúria e suavidade na medida certa.

Hora de curtir Restless Heart!


Leia também:

Semana do Rock

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Semana do Rock

Dia 13 de julho é o Dia Mundial do Rock. Por isso, combinei com o Enzo de fazermos uma maratona de nossos álbuns favoritos durante toda a semana. Um grande tributo.

Tínhamos conversado várias vezes, e ele até postou aqui sobre o assunto, que a geração iTunes/MP3 não sabe o prazer que é comprar um álbum na loja com capa, encarte e um grupo de músicas que representa a banda em algum determinado momento. Suas intenções, mensagens, contexto histórico e etc.

Abrir o plástico e ouvir o disco pela primeira vez, enquanto folheia o encarte e acompanha as letras. Não vou entrar no mérito aqui das sacanagens das gravadoras ao longo dos anos, piratarias, compartilhamentos e etc. Só vou falar da sensação inocente de comprar, ouvir e curtir um LP ou CD.

É diferente de um pendrive com MP3 e músicas agrupadas em ordem alfabética, ordem crescente de tamanho ou qualquer outro critério. As faixas tinham uma sequência por um motivo. Simplesmente diferente.

O primeiro disco da semana é o Powerage do AC/DC. Por sinal, meu disco favorito da banda que mais me inspirou como guitarrista até hoje.



Powerage foi gravado em 1978 e é o quinto álbum dos caras. Ainda com Bon Scott nos vocais, o disco tem uma sonoridade bluesy que me conquistou logo na primeira vez que ouvi. Ele mostra um amadurecimento da banda e um retorno às origens blueseiras de Angus e Malcolm Young.

Foi um ano até que movimentado. O Sex Pistols anunciavam o fim da banda; Black Sabath lançava seu oitavo disco, o último com Ozzy; Whitesnake e The Police lançavam seus álbuns de estreia; Rush lançava o Hemisphere e Ramones, o Road to Ruin, com o baterista Marky Ramone.

A primeira faixa que ouvi do Powerage foi Gone Shootin'. Ironicamente, no disco que tinha a trilha sonora do longa do Beavis e Butthead. Mais tarde, comprei o álbum e fiquei impressionado com os riffs, timbres e pegada.

Gone Shootin'.


Álbum completo.


Não me lembro onde li que o AC/DC é o Rolling Stones plugado no 220 v. Faz muito sentido.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Booze and bikes

O artista selecionado para hoje faz uma trilha sonora perfeita para ficar em um bar esfumaçado de beira de estrada (de preferência na Rota 66) jogar sinuca e tomar cerveja. Ou whisky. Ou bourbon. Ou tequila.

Um blues bem puxado para o rock.

A primeira vez que ouvi George Thorogood foi no game de Mega Drive "Rock n' Roll Racing". Mais tarde, fui reconhecer que aquela musiquinha que embalava as corridas fazia parte do Exterminador do Futuro 2.

Junto com os Destroyers, George Thorogood faz ótimas versões de blues clássicos, além de suas próprias composições. Um som energético, pesado e divertido.

Na estrada desde a década de 70, o cara tira um timbre bem peculiar de sua guitarra. Certa vez, li que para suas semi acústicas não fazerem muita microfonia, ele preenche o corpo delas com jornal (!) e papel amassado. Curiosidade para guitarristas.

Vamos com a clássica "Bad to the Bone":


O clipe de "I drink alone".


Um show completo.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Mais Influências?

As apresentações têm coreografias, uma banda competente e um vocalista que chama todas as atenções por seu carisma e voz poderosa. Michael Jackson? Prince? James Brown?

Não. Alguns anos antes, um cantor seria influência para esse tipo de show: Cab Calloway.

Cab era o líder de uma das mais famosas big bands de Jazz nos Estados Unidos. A primeira vez que vi o cara foi no filme "Blues Brothers", na cena em que ele precisa entreter a plateia por conta do atraso de Elwood e Jake.

Na ocasião, ele canta "Minnie the moocher", seu primeiro sucesso gravado em 1931. Abaixo, uma apresentação energética.



Um trecho do filme Stormy Weather, com os Nicholas Brothers:


É possível ver de onde Michael Jackson se inspirou.


Por fim, mais uma apresentação de "Minnie, the Moocher", só que dessa vez, em um desenho bem lisérgico da Betty Boop: