Alguns ensaios atrás, lá estava eu, todo feliz e pimpão, improvisando meus solos de guitarra Blues com pentatônicas, pentatônicas m6, arpejos. Curtindo o som.
Até que chegou o momento de tocar uma música do primeiro rei deste post. O lendário B.B. King. Exceto por uma frase ou outra que já tinha memorizado e/ou executado por instinto, é quase impossível manter um improviso com a beleza e perfeição de Riley Ben King.
Percebo que guitarristas fritadores punheteiros, embora eles não admitam, subestimam B.B. King. Dizem que respeitam porque leram em alguma Guitar Player ou Cover Guitarra que o cara é bom, mas, no fundo, não entendem o motivo. Eles estão em seus quartos, com os metrônomos no turbo, fazendo exercícios de semifusas e os últimos sweep pickings de Malmsteen. Tudo para compor músicas que são apenas variações dos mesmos exercícios. Ou então, irem na apresentação do G3, com a plateia composta apenas de outros alunos punheteiros de guitarra.
Se você se enquadra na situação acima e quer um desafio, tenho uma dica: estude B.B. King. É uma das coisas mais difíceis de se tocar.
Curtam um show do rei de 1983.
Daí, lembrei que B.B é o último rei do blues vivo. Vale a pena fazer um post de homenagem aos outros dois: Freddie e Albert.
Freddie King, "the Texas Cannonball" é autor de diversos clássicos do Blues. Assim como Otis Redding, várias de suas interpretações foram regravadas por artistas mais contemporâneos, como Eric Clapton, Johnny Winter e até mesmo uma versão no primeiro G3 de "Going Down", com Satriani, Vai e Eric Johnson.
E going down no G3.
Não só por seus 1,93 m de altura e 118 kg, Albert King é um gigante. Com sua Gibson Flying V, uma voz marcante e encorpada e sucessos como "Born under a bad sign", o cara foi influência de meio mundo, mas uma pessoa em especial merece destaque aqui: Stevie Ray Vaughan.
Confira mestre e discípulo (que também é um mestre) na jam abaixo:
Vi B.B. King em sua última passagem pelo Brasil, em 2012. Saber que ele já está com 87 anos gera um sentimento de admiração e, ao mesmo tempo, um aperto no peito. Nossos reis deveriam ser eternos.
Para encerrar, outra jam. Dê uma olhada neste time.
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