quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Cor

No fim dos anos 70 e início dos 80, surgia o que podemos chamar de superbanda brasileira.

A banda é composta por Dadi, Mu, Gustavo Schoreter e Armandinho. Todos excelentes músicos que faziam participações em grandes bandas. Faziam parte das bandas de Jorge Ben Jor e Moraes Moreira, por exemplo.

O som da banda é uma viagem. Uma grande mistura de rock, música clássica, frevo, baião, chorinho e letras bem, digamos, "caetaneadas".

Caetano Veloso participou da composição de umas músicas da banda. Confesso que tenho um pouco de dificuldade para entender algumas letras.

Apesar dessas loucuras "tropicalistas", o trabalho instrumental da banda é sensacional. São instrumentistas brasileiros da mais alta qualidade.

De guitarrista para guitarristas, preste atenção nas linhas, arranjos e contrapontos do Armandinho.

Uma coletânea para entrar em contato com o trabalho da Cor do Som.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Foi pro mar...

Meu professor de violão dizia que a Elis Regina era a "Ella Fitzgerald" brasileira. Elis realmente é a cantora brasileira mais lembrada. Mas na década de 60, o Brasil tinha uma outra grande cantora que surgiu nos festivais da época.

Logo após fazer o post do Baden Powell, lembrei da Clara Nunes, que também fez um belo trabalho com sambas voltados para as raízes africanas.

A cantora viajou à África para fazer sua pesquisa, fez apresentações por lá e conheceu as danças típicas. Depois, converteu-se à umbanda e surpreendeu a todos por aqui.

Sua voz era poderosa e suas bandas muito competentes. O samba de Clara Nunes é pesado. Dá para sentir no peito o poder da percussão de suas gravações.

Hora de curtir o som dela.

O mar serenou.


A deusa dos Orixás.


Uma coletânea para ouvir durante o dia.



Mais um álbum.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Renascimento

Desde que vi meu primeiro show em DVD do Deep Purple, sabia que Ritchie Blackmore era um cara meio esquisito. No mínimo, chato. Porém, é indiscutível a musicalidade dele.

O concerto em questão, era o "Come hell or high water", uma reunião da formação original da banda. Já na primeira música, Highway Star, dá para ver que tem alguma coisa errada.

A banda inteira estava no palco, menos Blackmore, que apareceu apenas na hora do solo. Depois, eles revelam no DVD que o guitarrista estava puto com um dos câmeras, por isso, não queria subir ao palco. Bom, isso logo dá para perceber quando Blackmore interrompe o solo da música para jogar um copo d' água no cameraman.

Mala, não?


Ok. Brigas, separações, projetos paralelos.

Voltando à musicalidade excepcional do Ricthie Blackmore, vou postar aqui o Blackmore's Night. Uma banda bem peculiar que o guitarrista formou com sua esposa Candice Night. Eles fazem canções renascentistas.

Isso mesmo. No meio das linhas de Fender Strato, há alaúdes, violões e etc.

Não há muito para explicar.

Deixe o próximo show embalar seu dia e curta a bela voz de Candice Night.


segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Palhaços na esquerda...

A primeira vez que o Stealers Wheel me chamou a atenção foi em um episódio de Two and a Half Men por uma razão não muito, digamos, tradicional.

Na ocasião, Charlie Harper estava com problemas em sua carreira de compositor de jingles e disse para Alan algo parecido com o seguinte:

— Alan, para que vão me contratar como compositor de jingles se eles podem usar "Stuck in the middle with you" em um comercial de O. B.?


A partir daí, fui procurar a música e descobri a banda. Um feliz acontecimento.

Os caras têm uma pegada bem folk-rock. Um som gostoso de ouvir.

Formada em 1972, na Escócia, a banda era considerada a versão britânica da Crosby, Stills, Nash & Young.

Infelizmente, eles se separaram em 1975 e só voltaram às atividades em 2008, sem Joe Egan e Gerry Rafferty.

Hora de curtir uma playlist dos caras, começando com "Stuck in the middle with you".


quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Mitologia


Baden Powell foi um cara foda.

Apesar de não ser um nome muito conhecido na MPB ou Bossa Nova, ele foi revolucionário, e no meio musical, um dos instrumentistas mais respeitados. Fez muito sucesso no exterior, o que causa um pouco de indignação em relação ao valor que damos aos grandes músicos brasileiros aqui no país.

Até hoje, ele segue como uma grande influência para violonistas como Toquinho e Yamandu Costa, por exemplo.

Em parceria com Vinicius de Morais, Baden compôs um dos discos mais impressionantes da música brasileira: Os Afro-Sambas.

Lançado em 1966 após muita pesquisa sobre os orixás e visitas a terreiros de umbanda, o disco foi praticamente "excomungado" da carreira de Baden depois do cara se converter à Igreja Evangélica. Um pecado.

As percussões com levada tipicamente africana criam um clima tribal no ar. As linhas de violão são impecáveis: lição de casa para qualquer aspirante a violonista.

Baden regravou o disco em 1990, mas vou postar aqui o original de 1966.

Afro-Sambas by Wilson Oura on Grooveshark

Baden Powell gravou uma caralhada de discos enquanto estava na Europa, mas hoje, darei destaque só para o Afro-Sambas mesmo. Mais para frente, postarei outros discos dele.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Polecats

A banda de hoje não é exatamente um grande clássico.

Resolvi fazer um post porque ela marcou época de uma maneira bastante peculiar.

Lá para 95, quando dei um primeiro upgrade no computador, meu pai tinha acabado de comprar um kit multimídia. No meio dos CD's de instalação e manuais de instrução, tinha um disco da Lucas Arts.

Vi que era um game e instalei: Full Throttle.


Comecei a jogar e prestei atenção em todas as histórias. Trocava ideias e dicas com meus amigos que também tinham o jogo. Aprendi inglês com as legendas dos diálogos.

Mas Full Throttle foi marcante por um motivo ainda maior: fez eu gostar de Rock n' Roll.

A banda que fez a trilha do game era o Gone Jackals e o nome do álbum é Bone to Pick. Eles faziam um rock bem estradeiro, com riffs, vocais e linhas de baixo e bateria interessantes.

O curioso desse caso é que eles não conseguiram fazer sucesso depois. Chegaram a lançar outros discos, mas a banda praticamente desapareceu. Pelo menos aqui no Brasil.

Vamos curtir Bone to Pick, que foi a trilha do game.



Esse post foi bem nostálgico!


quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Coice

É muito fácil falar do Gov't Mule. Para mim, é a melhor banda que surgiu nos últimos 20 anos. Eles também têm o músico que mais invejo no mundo: Warren Haynes.

A banda foi formada nos anos 90. Originalmente com Warren Haynes nas guitarras e vocais, Allen Woody no baixo e Matt Abts na bateria.

Haynes e o falecido Woody faziam parte do Allman Brothers Band na época e resolveram montar um projeto experimental: um power trio com som bem mais cru que o da big band Allman Brothers. Chamaram o incrível Matt Abts, que tocava com Dickey Betts e em um tributo ao Pink Floyd.

Influenciados pelo Cream, as improvisações da banda dão medo. Sim, medo é a palavra. Os primeiros discos dos caras foram gravados como uma inspiradíssima jam. Três caras curtindo, compondo e pirando. Tudo muito espontâneo.

Ouvir esses álbuns só serviu para aumentar minha boa inveja e admiração por Warren Haynes. Podem me chamar de paga-pau, mas são os melhores timbres de Gibson Les Paul que já ouvi na vida. Fora que o cara tem uma voz poderosa que se encaixa perfeitamente no som da banda, um blues-rock pesadíssimo.

Primeiro coice da mula.


Bad man walking.


Para encerrar, um trecho do DVD "The Deepest end", um show tributo a Allen Woody que contou com a participação de diversos baixistas. Nomes como Roger Glover e Victor Wooten. Os baixista pira!



Recomendo fortemente toda a discografia da banda.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Soul Men


Do gospel para o soul. Esse era um caminho musical bem comum para vários artistas.

Não foi diferente para Sam Moore e Dave Prater, em 1961.

A primeira vez que ouvi um som dos caras foi quando tive uma coletânea de sons da década de 60. Mais tarde, vi uma versão ótima dos Blues Brothers para Soul Man.

Converter o "fervor religioso" em feeling e aproveitar toda a técnica vocal dos corais das igrejas norte-americanas em músicas cheias de groove e energia foi uma boa ideia.

Curta o trabalho de Sam e Dave.

Playlist:


Soul Man:


Dave morreu em um acidente de carro. Sam Moore continua na ativa!